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FALTA DE ARROZ

Governo anula leilão para compra de arroz importado após suspeitas de irregularidades

Segundo Edegar Pretto, da Conab, um novo leilão será realizado, para contratar empresas 'com capacidade técnica e financeira'. Governo decidiu importar arroz após enchentes no RS.


Neri Geller, agora ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura �- Foto: Guilherme Mazui/g1

Nesta terça-feira (11), o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou a anulação do leilão do governo destinado à compra de 263 mil toneladas de arroz importado. A decisão veio à tona após suspeitas de irregularidades detectadas no certame realizado na última quinta-feira (6).

Segundo Pretto, a medida visa garantir que o próximo leilão seja conduzido de maneira mais criteriosa, assegurando a contratação de empresas com sólida capacidade técnica e financeira. Em suas palavras, proferidas no Palácio do Planalto, ele afirmou: "Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter garantia que vamos contratar empresa com capacidade técnica e financeira [...]. A decisão é anular este leilão e proceder um novo mais ajustado."

O leilão anterior gerou controvérsias devido à participação de empresas sem histórico significativo no mercado de cereais, culminando em um preço médio de aproximadamente R$ 25 por saco de arroz de 5 quilos. Essa movimentação ocorreu poucos dias após o Rio Grande do Sul enfrentar severas enchentes, afetando a capacidade logística de transporte do grão para outras regiões do país.

A importação de arroz foi uma medida adotada pelo governo para evitar o aumento de preços diante das dificuldades enfrentadas pelo estado gaúcho. Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, explicou que a decisão foi tomada após constatar que nenhum atacadista dispunha de estoques suficientes para mais de 15 dias.

Além disso, a polêmica em torno do leilão resultou na queda de Neri Geller do cargo de secretário de Política Agrícola. Fávaro destacou que a decisão se deu após Geller colocar seu cargo à disposição do governo, mencionando que seu filho estabeleceu sociedade com uma corretora do Mato Grosso. "Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas que de fato gerou, e por isso colocou cargo a disposição", declarou o ministro.

Geller, que também é ex-ministro da Agricultura e ex-deputado federal, é conhecido por seu histórico no apoio ao agronegócio e seu suporte à candidatura de Lula nas eleições de 2022.

Com a anulação do leilão e as mudanças administrativas, o governo busca restabelecer a transparência e a eficiência nas medidas de abastecimento, assegurando a regularidade e a idoneidade dos processos de importação de arroz, um produto essencial na mesa dos brasileiros.

Portal G1

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