O que começou como um ano promissor para o Vila Operária Clube Esporte Mariano (VOCEM) se transformou em um verdadeiro pesadelo para torcida, diretoria e elenco. Com grandes expectativas no início da temporada, o clube anunciou a contratação do técnico Campanholo, um nome aguardado há tempos pelos torcedores. A chegada do treinador foi acompanhada por um trabalho intenso da então diretoria, comandada por Lauro Valim, que montou o elenco com sua aprovação. O primeiro amistoso, um empate empolgante contra o Marília Atlético Clube (MAC), reforçou a esperança de uma boa campanha.
No entanto, a realidade do campeonato foi cruel. A estreia, com uma derrota em casa para a Penapolense, revelou as fragilidades do time, que se tornaram ainda mais evidentes ao longo das rodadas seguintes. A sequência de maus resultados levou a uma crise interna, culminando na queda de Lauro Valim da presidência e a ascensão de Marlon Galeano ao comando executivo do clube.
Mesmo com a mudança na gestão, o desempenho em campo pouco mudou. A única vitória até aqui, contra o São Caetano, reacendeu brevemente a esperança, mas os fracassos subsequentes consolidaram um cenário de desespero. A troca de técnico foi inevitável: Campanholo saiu, e Paulinho McLaren chegou tentando reverter a situação. Mas os problemas do VOCEM vão além do comando técnico. O elenco se mostra apático, sem vibração e sem qualidade técnica para a disputa da Série A4.
No último jogo, contra o Inter de Bebedouro, o time abriu o placar, mas, de forma covarde e desorganizada, cedeu o empate nos minutos finais, se tornando vice lanterna e entrando na temida zona de rebaixamento para a "Bezinha" de 2026. Com apenas seis rodadas para o fim da primeira fase, o VOCEM ainda tem confrontos decisivos para tentar evitar o descenso. Jogará contra Colorado de Caieiras, União Barbarense e Paulista em casa, além de enfrentar Taquaritinga, Matonense e Nacional fora de Assis.
A estrutura do clube não reflete a campanha desastrosa dentro de campo. O VOCEM conta com uma torcida apaixonada, um dos melhores estádios do estado, agora com iluminação e parte das arquibancadas cobertas, além de manter todos os encargos com os jogadores em dia. No entanto, nada disso adianta se o elenco não demonstrar comprometimento e honrar as cores bordô e branca. Neste momento, apenas um milagre pode salvar o Esquadrão da Fé. Agora, caberá à nova diretoria, sob o comando de Marlon Galeano, reconstruir a equipe e preparar um 2026 à altura da grandeza do clube.
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