O que era para ser um sábado comum na Vila Progresso, em Assis, virou um cenário de terror para a família de Natacha Graziela Gomes Lopes, de apenas 10 anos. A menina foi baleada ao atravessar a rua no meio de uma discussão violenta e só escapou da morte por um milagre.
O disparo, que atingiu suas costas, veio de um homem conhecido da família há décadas. "Foi uma fatalidade", lamentou a mãe, Silvia Gomes, em entrevista exclusiva ao Portal AssisCity.
Confusão no meio de bares termina em tiros
O tiroteio aconteceu em uma área conhecida pela grande movimentação de bares e adegas. A família de Natacha mora entre dois estabelecimentos, o que faz da rua um ponto de encontros e desentendimentos frequentes.
Naquele dia, Silvia havia saído de casa para acompanhar seu pai idoso na UPA, após ele sofrer uma queda. Sem saber do perigo que a aguardava do lado de fora, Natacha saiu da casa da avó para entregar uma chave ao pai e acabou sendo atingida pelo tiro.
"Se eu estivesse em casa, nada disso teria acontecido", lamentou a mãe.
Bala alojada e acompanhamento médico
Após ser socorrida e encaminhada ao Hospital Regional, a menina passou por exames e os médicos decidiram não retirar o projétil alojado em seu corpo. "A bala está em uma região complicada e o ideal foi manter. Com o tempo, o corpo dela vai criar uma película protetora", explicou Silvia.
Mesmo depois do trauma, a menina demonstrou maturidade impressionante. "Ela disse para perdoar, que aprendeu que temos que perdoar quem nos faz mal", revelou a mãe.
"Sou grata a Deus pela vida da minha filha"
Silvia, que é profissional da saúde e trabalha como enfermeira no Hospital Regional, fez questão de agradecer pelo atendimento que a filha recebeu.
"Sou grata a Deus que preservou a vida da minha filha, a todos os profissionais e amigos de profissão, pois também trabalho na área da saúde. Fico muito grata por ela ter sido tão bem cuidada", desabafou.
Outra vítima segue internada e polícia investiga o caso
Além de Natacha, outro homem foi baleado nas costas na Rua Araçatuba, durante a confusão. Ele segue internado na UTI do Hospital Regional, e a polícia acredita que ele seria o verdadeiro alvo do atirador, que continua foragido.
Enquanto a investigação segue, a família de Natacha foca na recuperação da menina, que já está em casa ao lado dos irmãos mais velhos, uma jovem de 20 anos e um rapaz de 18.