Assis volta a registrar mais um bárbaro crime, com requintes de crueldade, despertando interesse das grandes emissoras de TV do país, que deslocaram equipes de reportagens para transmitir entrevistas ao vivo das ações policiais.
Desta vez, a vítima foi uma criança de apenas 10 anos, que estava desaparecida desde o dia 11 dezembro, quando saiu de sua casa, na rua General Osório, pedalando sua bicicleta.
Minutos depois do desaparecimento, câmeras de monitoramento registraram o menino Mateus Bernardo Valim de Oliveira pedalando na rua André Perine, na contra mão.
Numa outra imagem que o Jornal da Segunda – JS, teve acesso, o menino aparece com a bicicleta, parado sobre uma calçada na rua Santos Dumont. Ele parece se comunicar com duas pessoas, que estavam sentadas na calçada, do outro lado da rua. Pelo ângulo das câmeras, não dá para identificar as pessoas, mas uma delas está em posse de uma bicicleta.
Após uma semana de buscas e informações desencontradas, mas sem qualquer pista, a Polícia Civil intensificou as investigações nesta terça-feira, dia 17 de dezembro.
Um homem, que mora perto da casa de Mateus, flagrado pelas câmeras de monitoramento pedalando ao lado do menino, foi levado à delegacia e, ao ser interrogado, contou detalhes que teriam contribuído para a localização de membros do corpo do menino, às margens de um córrego que passa no Parque Buracão, entre o Tênis Clube e o estádio Tonicão.
Também na terça-feira, amigos de Mateus, acompanhados de seus responsáveis, foram ouvidos na Central de Polícia Judiciária.
Por volta das 14 horas, viaturas de policiais civis, junto com militares, se dirigiram ao Parque Buracão, atrás do Tênis Clube (foto abaixo).
Com ajuda de cães farejadores do Canil da PM, partes do corpo do menino foram encontradas ao lado de peças de roupas, que foram reconhecidas por familiares de Mateus.
A Polícia Científica foi acionada para periciar o local e coletar o material encontrado.
As partes do corpo foram levadas ao Instituto Médico Legal, onde foi realizado o exame necroscópico.
Atendendo pedido do delegado que preside o inquérito, a Justiça decretou o pedido de prisão temporária do principal suspeito de ter cometido o bárbaro crime, que chocou a sociedade.
O homem, que teve sua cara estampada em redes sociais, não teve a identidade divulgada pela Polícia Civil, está preso em uma cadeia da região.
"Uma vez decretada a prisão temporária do investigado, o mesmo foi preso, em cumprimento ao mandado de prisão, submetido a exame de corpo de delito, a uma unidade prisional encaminhado, local em que será submetido à audiência de custódia. Por fim, deve-se ressaltar que fora decretado o sigilo das investigações, as quais ainda prosseguem", informou a Polícia Civil em nota à imprensa, que aguarda uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira..
No final da tarde e início da noite desta terça-feira, a população, revoltada, se concentrou nas imediações da Central de Polícia Judiciária, na avenida Otto Ribeiro, e em frente a casa do principal suspeito, na rua General Osório, ao lado da casa onde Mateus morava com a mãe. Os mais exaltados ameaçavam incendiar o imóvel.
Policiais Militares, em posse de enxadas e enxadões, realizaram buscas no quintal da casa do acusado, mas não encontraram as partes que faltam do corpo do menino.
Na manhã desta quarta-feira, dia 18, uma viatura policial permanecia estacionada próximo às casas do suspeito e da família de Mateus, para preservar a área e evitar depredações.
As investigações da Polícia Civil prosseguem nesta quarta-feira, dia 18, visando encontrar as demais parte do corpo de Mateus e esclarecer as causas do bárbaro crime.
A empresa funerária contratada pela família aguarda a liberação do corpo no Instituto Médico Legal e instruções para definir o horário do sepultamento, no Cemitério Municipal da Saudade, em Assis.
O Caso chocou, toda a comunidade.
Portal Jornal da Segunda - JA