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ALERTA: 2024 pode ser ainda mais quente que 2023, diz ONU

Ano passado foi 'apenas prelúdio catastrófico', segundo a Organização Meteorológica Mundial

Por Da Redação em 30/01/2024 às 14:44:43
Foto: Divulgação- Fogo destrói parte do Pantanal

Foto: Divulgação- Fogo destrói parte do Pantanal

A Organização Meteorológica Mundial (WMO) confirmou oficialmente que 2023 foi o ano mais quente, com a temperatura média global anual aproximando-se de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Agora, a organização alerta que 2024 pode registrar temperaturas ainda mais elevadas, destacando que as ações humanas estão exacerbando o problema.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, chamou 2023 de "prelúdio catastrófico" e instou ações imediatas para enfrentar os aumentos recordes de temperatura. "Não podemos nos dar ao luxo de esperar muito mais", acrescentou a secretária-geral da WMO, Celeste Saulo.

Segundo a WMO, o mundo está se aproximando perigosamente dos limites estabelecidos pelo Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura a longo prazo a não mais que 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Em 2023, a temperatura média global anual já atingiu esse limiar.

A mudança climática de longo prazo, impulsionada pelas atividades humanas, está se intensificando, conforme destaca a WMO. O impacto do calor extremo em 2023 foi evidenciado por recordes mensais de temperatura global estabelecidos de junho a dezembro, com julho e agosto sendo os meses mais quentes já registrados.

Além dos eventos naturais, como a transição de La Niña para El Niño, a WMO destaca que a mudança climática está agravando a crise da desigualdade e comprometendo esforços para lidar com pobreza, fome, doenças e degradação ambiental.

"Ainda podemos evitar a pior catástrofe climática, mas apenas se agirmos agora", enfatiza o secretário-geral da ONU. A redução drástica das emissões de gases de efeito estufa e a aceleração da transição para fontes de energia renovável são cruciais, conclui Celeste Saulo, secretária-geral da WMO.



Fonte: (ANSA)

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