A chegada de Ainda Estou Aqui à programação do CineUniplex de Assis gerou mobilizações e questionamentos sobre o papel do único cinema da cidade em oferecer acesso a produções relevantes. Dirigido por Walter Salles, o longa se destaca pela força de sua narrativa e pela conquista histórica de três indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres. Recentemente, a protagonista do filme recebeu o Globo de Ouro pela sua interpretação de Eunice Paiva. O filme foi incluído na programação após pressão popular, evidenciando a necessidade de um maior compromisso com produções de impacto cultural e artístico.
Reflexões sobre o acesso à cultura
A ausência inicial do filme na programação levantou um debate importante: como o único cinema de uma cidade do porte de Assis pode deixar de lado obras tão relevantes? A população, especialmente os amantes da sétima arte, demonstrou sua insatisfação e reforçou a necessidade de valorizar produções culturais de impacto, especialmente as nacionais. Após a pressão popular, o CineUniplex anunciou a inclusão do filme em sua programação. Apesar dessa vitória, o episódio chamou a atenção para a importância de um cinema mais alinhado com as demandas do público e comprometido em oferecer acesso a conteúdos relevantes.
O poder da mobilização
A chegada de Ainda Estou Aqui ao CineUniplex é um exemplo do quanto a participação da comunidade pode influenciar a oferta cultural em uma cidade. Assis, como um centro regional importante, merece um cinema à altura de seu potencial cultural, com uma programação variada e de qualidade.
O caminho para melhorias
Mais do que uma vitória pontual, o caso de Ainda Estou Aqui deve ser um ponto de partida para reflexões e mudanças. É fundamental que Assis tenha um cinema que invista em uma programação variada e de qualidade, valorizando tanto a produção nacional quanto o público. O cinema é mais do que entretenimento; é uma ferramenta poderosa de reflexão e transformação social. Que este episódio inspire uma gestão cultural mais conectada às necessidades e expectativas do público de Assis, garantindo que produções como Ainda Estou Aqui tenham o espaço que merecem.
Sobre o filme
Ambientado no Brasil dos anos 1970, Ainda Estou Aqui adapta a história real de Eunice Paiva, que enfrentou a perda do marido durante a Ditadura Militar e transformou sua dor em luta pelos direitos humanos. As três indicações ao Oscar consolidam o filme como um marco do cinema brasileiro, representando o país de maneira extraordinária no cenário internacional e reafirmando a potência de suas narrativas e talentos.
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