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UPA: fim de convênio pode causar falta de atendimento e dezenas de demissões

Movimento seria supostamente encabeçado por Conrado Arcoleze, braço direito de Fernando Sirchia no PDT

Por Thiago Correia em 02/03/2024 às 18:04:37

Funcionários da Unidade de Pronto Atendimento(UPA) manifestaram preocupação na última terça-feira, 29 de fevereiro, após áudio supostamente vazado de Conrado Ferreira Arcoleze, membro do Conselho Curador da Fundação Educacional do Município de Assis para o biênio de 2023/2024, na posição de titular do Corpo Discente do IMESA, e vice-presidente do Partido Democrático Trabalhista(PDT), presidido por Fernando Sirchia, que expõe a intenção de dar fim ao convênio estabelecido entre a Prefeitura Municipal de Assis e a FEMA, que possibilita o atendimento emergencial integral à todo e qualquer cidadão vinte e quatro horas todos os dias e emprega dezenas de funcionários, dentre médicos, enfermeiros e outros. Nos áudios, Conrado admite ter boa articulação na Câmara Municipal e joga a responsabilidade da reincorporação dos funcionários para a Prefeitura de Assis.

O curso de medicina foi inaugurado em Assis no ano de 2016, depois de anos de esforços por conta da própria instituição e de políticos do município e da região, que assumiram para si a responsabilidade de fazer de Assis uma das pouco mais de trezentas cidades a ter o privilégio de formar profissionais da medicina. A FEMA já oferecia a graduação em enfermagem, o que criou o cenário perfeito para a formação de um convênio que, espelhado na Faculdade de Medicina de Marília, popularmente conhecida como FAMEMA, trouxe para a cidade de Assis a possibilidade de alimentar a Unidade de Pronto Atendimento com profissionais da saúde formados na cidade.

A UPA sofria há anos com a falta de profissionais, acima de tudo, médicos. O convênio com a FEMA trouxe segurança aos profissionais e a garantia à população de que não haja falta de atendimento médico, reflexo da brilhante coordenação dos renomados doutores Gustavo Navarro, diretor clínico, e Leonardo Fantinato Menegon, diretor técnico.

Por falta de funcionários, a Unidade de Pronto Atendimento poderia até mesmo momentaneamente diminuir sua capacidade operacional, deixando de prestar atendimento emergencial às madrugadas, finais de semana e feriados, até que um novo convênio fosse estabelecido.

Quem é Conrado Ferreira Arcoleze, suposto autor dos áudios vazados que indicam o possível fim do convênio entre FEMA e município

Conrado, como exposto já no primeiro parágrafo, é vice-presidente do PDT em Assis e braço direito do vereador Fernando Sirchia. Arcoleze também alegou ter ajudado na campanha de Sirchia em 2020, em participação ao Faladu Podcast, de Eduardo Pereira. Passou a fazer parte do Conselho Curador da FEMA, na posição de titular do Corpo Discente do IMESA, o Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, após ser eleito por alunos da instituição em 2023, pelo qual foi parabenizado por Fernando Sirchia através da moção número 349 de 2023. Possui graduação em Administração pela Universidade Estadual de Maringá. Também concluiu mestrado em História pela UNESP de Assis e atualmente cursa Direito na FEMA.

Tanto Conrado quanto Fernando Sirchia são parte da Juventude Socialista do PDT em Assis, a qual Conrado foi presidente.

As reações pós-vazamento dos áudios de Conrado

Médicos, enfermeiros e demais funcionários já se revoltam com o movimento que teria como reflexo a demissão em massa dos colaboradores da UPA, deixando dezenas de famílias desamparadas. Os profissionais da saúde já se organizam para tentar evitar o fim do convênio.


Abaixo você tem acesso aos áudios supostamente vazados e aos materiais coletados por esta reportagem








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